3 de fev. de 2013

Passa hoje mais um dia sobre a morte de Eduardo Mondlane

UM dos aspectos dominantes da memória de Mondlane é o revolucionário que muitas vezes acaba sendo parte de um mito criado e sustentado ao longo de muitos anos. No nosso caso, Mondlane tem sido invocado pela FRELIMO, e o Governo de Moçambique, como sendo uma figura quase divina, cuja memória serve para lembrar ao povo do sacrifício que um homem fez para o país. Sendo assim, esta memória serve às vezes de paliativo que obscura a realidade actual do povo. 

Importa-me realçar a distinção entre lembrar Mondlane como mito político - herói de coragem e integridade indisputável - e lembrar Mondlane como homem normal, cujo papel na luta contra o colonialismo Português dependeu em grande parte do encorajamento de outros seres humanos com enormes capacidades analíticas dos efeitos do colonialismo.  


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